QUALIDADE SOCIOAMBIENTAL DE PRAÇAS: AVALIAÇÃO A PARTIR DE INDICADORES DE ACESSOS E CONEXÕES
DOI:
https://doi.org/10.29327/sbqp2021.438072Palabras clave:
Espaços livres públicos, Praças, Acessibilidade, Indicadores, Ferramenta de avaliaçãoResumen
Esta pesquisa busca analisar aspectos socioambientais que qualificam os espaços livres públicos e contribuem para a qualidade ambiental urbana, a partir da aplicação de indicadores que avaliam acessos e conexões de praças, tendo como recorte espacial a Regional Grande Cobilândia, em Vila Velha-ES. Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, exploratória e descritiva, definida em 4 etapas metodológicas: contextualização; mapeamento das praças; aplicação da ferramenta de avaliação socioambiental e análise dos resultados. A ferramenta é organizada em 4 categorias: Proteção e Segurança; Conforto e Imagem; Acessos e Conexões; e Sociabilidade, Usos e Atividades, que recebem classificações variando de insuficiente, regular, bom a ótimo. Este artigo apresenta a avaliação correspondente à categoria “Acessos e Conexões”, que discute o quanto as praças são acessíveis, bem como as possibilidades de acesso até elas. Na avaliação, 40% das praças receberam classificação “regular” e “insuficiente”. Apesar das praças analisadas destacarem-se pelas possibilidades de acessos até elas, apresentam fragilidades na regularidade da pavimentação e na largura dos percursos. A avaliação evidencia a necessidade de intervenções para garantir a acessibilidade dos espaços de circulação e permanência, possibilitando o uso das praças por pessoas de diferentes idades e condições físicas, favorecendo as oportunidades urbanas e a inclusão social.
Citas
ALEXANDER, C. Notes on the synthesis of form. 9ed. reimp. Cambridge: Harvard UniversityPress, 1977. 216 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS- ABNT. NBR 9050: Acessibilidade aedifcações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Quarta edição. Rio de Janeiro,2020.
ARAUJO, L. M. F. de. Avaliação de espaços públicos: o caso de duas praças no Concelhode Caminha. 2007. 109p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Municipal) – Escola deEngenharia, Universidade do Minho, Minho.
BERKE, Philip; GODSCHALK, David R.; KAISER, Edward J.; RODRIGUEZ, Daniel. Urban land useplanning. 5th edition. Urbana: University of Illinois Press, 2006.
BRANDÃO ALVES, F. Avaliação da qualidade do espaço público urbano. PropostaMetodológica. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian; Fundação para a Ciência eTecnologia, 2003.
BRASIL, ITDP BRASIL. Índice de Caminhabilidade Ferramenta, Versão 2.0. Rio de Janeiro, 2019.
BUCCHERI FILHO, A.T.; NUCCI, J.C. Open spaces, green areas and tree canopy coverage inthe Alto da XV district, Curitiba/PR. Revista do Departamento de Geografia, n. 18, 2006. p. 48-59.
DE ANGELIS, B. L. D.; CASTRO, R. M. de; DE ANGELIS, G. Metodologia para levantamento,cadastramento, diagnóstico e avaliação de praças no Brasil. Engenharia Civil Um, Maringá,PR, nº 20, p. 57-70, 2004.
DE ANGELIS, B. L. D.; CASTRO, R. M. DE; DE ANGELIS, G. Metodologia para levantamento,cadastramento, diagnóstico e avaliação de praças no Brasil. Engenharia Civil Um, Maringá,PR, nº 20, p. 57-70. 2004DORNELES, V. G.; BINS ELY, V. H. M. Áreas livres acessíveis para idosos. Paisagem Ambiente:ensaios, São Paulo, SP, n. 22, p. 299- 308, 2006. HANNES, Evy. Espaços abertos/espaços livres:um estudo de tipologias. Paisagem e Ambiente, n. 37, p. 121-144, 2016.
GEHL, Jan. Cidades para pessoas. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 2014.
HANNES, Evy. Espaços abertos e espaços livres: um estudo de tipologias. Paisagem eAmbiente: Ensaios - N. 37 – São Paulo, 2016. p.121 - 144.
HEEMANN, Jenifer; SANTIAGO, P. Caiuby. Guia do espaço público para inspirar e transformar.
Mountain View (CA), USA, 2015.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2010. Característicasda população e dos domicílios: resultados do universo. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidades-População estimada. Rio deJaneiro: IBGE, 2020.
LEITE, M. A. F. P. Um sistema de espaços livres para São Paulo. Estudos Avançados, v. 25, n.71, p. 159-174, 2011.
MACIEL, Mariana Altoé. Uma proposta de lista de verificação para a avaliação de praças.
2016. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Espírito Santo.
MORA, M. A. R. Indicadores de Calidad de espacios públicos urbanos, para la vidaciudadana, em ciudades intermedias. In: Congresso Internacional de Americanistas, 53.,Cidade do México, 2009.
QUEIROGA, E. F. Sistemas de espaços livres e esfera pública em metrópoles brasileiras.
Resgate, v. XIX, n.21, p.25-25, 2011.
REIS, A. T.; LAY, M. C. D. Avaliação da qualidade de projetos: uma abordagem perceptiva ecognitiva. Ambiente construído, Porto Alegre, RS, v. 6, n. 3, p. 21-34, jul./set. 2006VILA VELHA. Lei complementar nº 65, de 09 de novembro de 2018. Institui a revisão decenalda lei municipal nº 4575/2007 que trata do plano diretor municipal no âmbito do municípiode Vila Velha e dá outras providências. Vila Velha: Câmara Municipal de Vila Velha.
WHYTE, William. The Social Life of Small Urban Spaces. 3rd ed., New York: Project for PublicSpaces, 2004.