GESTÃO PÚBLICA X AUTOGESTÃO NA PRODUÇÃO DAS UNIDADES HABITACIONAIS
Palabras clave:
habitação social, urbanidade, vitalidade, segregaçãoResumen
Objetiva-se investigar o processo de inclusão sócio-espacial a partir de políticas e projetos de Habitações de Interesse Social, realizando-se um comparativo entre dois conjuntos habitacionais: o Shopping Park, em Uberlândia - MG, marcado por um processo fortemente centralizado e de gerência pela administração pública municipal em parceria com grandes construtoras, representando a produção massiva do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV); e o Paulo Freire, em São Paulo - SP, com origem vinculada aos movimentos sociais e pautada num programa de autogestão. Utiliza-se o método bibliográfico, com levantamento específico sobre o processo histórico de cada conjunto, além da análise acerca da inserção urbana e da tipologia arquitetônica, associando-os aos conceitos de vitalidade, urbanidade e segregação urbana. Conclui-se que o conjunto habitacional desenvolvido pelo MCMV possui estrita relação com os princípios do urbanismo moderno, ocasionando problemas de segregação sócio-espacial e falta de vitalidade, ao passo que o sistema de coprodução assume uma visão mais contemporânea de cidade, com valorização da diversidade funcional, tipológica e social, dando ênfase nas relações coletivas e na apropriação do espaço público.