REPENSANDO O PROJETO DE ILUMINAÇÃO:
AVALIAÇÃO DE MÉTRICAS DE LUZ CIRCADIANA
Palabras clave:
Projeto luminotécnico, Iluminação circadiana, Simulação computacional,, Métricas circadianasResumen
Nos últimos quinze anos, a pesquisa sobre os mecanismos que regem as relações entre a iluminação arquitetônica e os processos de regulação circadiana no corpo humano cresceram em produção. Porém, pouco se avançou na aplicação desses conceitos na prática de projeto. Os exemplos são poucos e a mensuração dos resultados dos mesmos não é clara. O problema está relacionado a descoberta, nos anos 2000, do fotorreceptor no olho humano (ipRGC) e da sua relação direta com o ciclo claro-escuro, não apenas no processo da visão, mas também na regulação de processos fisiológicos (ritmos circadianos). Os métodos de projeto existentes são voltados ao conforto visual e não atendem as necessidades relacionadas a regulação circadiana. Esse artigo busca comparar a aplicação de duas métricas circadianas com os requisitos para desempenho de tarefas visuais em um espaço arquitetônico. As métricas avaliadas foram o Lux Melanópico Equivalente e Estímulo Circadiano. A metodologia abrangeu estudo de caso (escritório hipotético) através de simulação computacional (DIALuxEvo 8). Foram utilizados dois planos de cálculo de iluminância com malha padrão: no plano de trabalho (iluminância horizontal), seguindo a ABNT NBR ISO/CIE 8995-1; e ao nível do observador (1,20m) com cálculo de iluminância vertical segundo recomendações das métricas circadianas. Identificamos diferenças entre as funções de sensibilidade espectral, métodos de conversão e que os requisitos para visão não atenderiam aos requisitos para saúde. O estudo buscou evidenciar o impacto que as métricas circadianas causam no processo de projeto de iluminação e normas vigentes, contribuindo para discussão sobre a qualidade da iluminação.