UTILIZAÇÃO DA ARGAMASSA POLIMÉRICA COM JUNTA FINA EM ALVENARIAS DE VEDAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.17648/tecsic-2017-72117Palavras-chave:
Argamassa polimérica, alvenaria, racionalizaçãoResumo
Atualmente, o uso da alvenaria no Brasil, seja como elemento de vedação ou estrutural, está intimamente ligado aos sistemas de racionalização da obra. Para o sistema de alvenaria ter um bom funcionamento deve-se garantir excelente qualidade tanto do bloco como da argamassa. A argamassa de assentamento tem papel fundamental no bom funcionamento do sistema tanto no que diz respeito a adequação das dimensões quanto na distribuição das tensões oriundas dos carregamentos aos quais ela está submetida. A garantia da boa aderência e da qualidade do conjunto bloco-argamassa, é um dos fatores mais importantes que determinam a durabilidade da mesma. Mesmo com o sucesso da aplicação de alvenarias racionalizadas, existe ainda um grande potencial para melhoria do sistema. Destaca-se, por exemplo, a possibilidade de uso de novas argamassas, especialmente àquelas que não exigem a adição de água. Dentro dessa linha encontram-se as argamassas poliméricas que substituem a argamassa convencional e tem como grande vantagem sua utilização direta a partir da abertura de embalagem, pois a mistura já é pronta. Essas podem, inclusive, diminuir a espessura de assentamento, o que poderia garantir uma relativa diminuição do uso do material. Entretanto, blocos convencionais são produzidos considerando espessuras com 10 mm de junta. Considerando esse e outros fatores, ainda existem lacunas a serem preenchidas no que diz respeito a adoção de argamassas poliméricas, como: a previsão de deformações e fissuração quando a mesma é utilizada no lugar da argamassa convencional e, ainda quais os processos necessários para ensaiar o conjunto e a argamassa, além de estudos sobre sua durabilidade. Este trabalho tem como objetivo verificar o estado da arte da utilização de argamassas poliméricas no Brasil e destacar algumas lacunas sobre a efetiva aplicabilidade e durabilidade dos sistemas, incluindo quais ensaios necessários para avaliar os aspectos aqui destacados. Também relata resultados de ensaios realizados na UFSCar de bloco, prisma e parede com junta fina, cujos resultados alertam para o diferente comportamento em relação a alvenarias tradicionais e o longo caminho ainda necessário a percorrer antes de aplicações estruturais.