ÍNDICE DE ESPAÇO ABERTO COMO CONTROLE DO DESEMPENHO DA LUZ NATURAL NO INTERIOR DO AMBIENTE CONSTRUÍDO

Resumo

A disponibilidade de luz natural no interior do ambiente construído é influenciada pelas diferentes formas urbanas, criadas a partir das diversas combinações arquitetônicas e disposições entre as edificações. A maior flexibilidade na composição permite maior afastamento e diversifica a relação entre os espaços abertos e os espaços construídos. Assim, a configuração espacial vai além do previsto nos tradicionais zoneamentos, que limitam a criação arquitetônica, ao mesmo tempo que podem não garantir o desempenho suficiente da luz natural. Diante disso, este trabalho tem como objetivo verificar um valor mínimo do Índice de Espaço Aberto (Open Space Ratio - OSR) que, em conjunto com os índices urbanos tradicionais, como o índice de aproveitamento – IA, a taxa de ocupação – TO e o gabarito, pode ser usado como critério de controle do desempenho da luz natural no interior dos ambientes. Para tanto, o diagrama Spacemate foi adaptado e utilizado como ferramenta, permitindo introduzir e combinar aos índices urbanos tradicionais, os resultados das simulações do desempenho da Autonomia Espacial da Luz Natural - sDA300,50%, de cenários urbanos, para a cidade de Florianópolis (latitude de 27º). Os cenários que obtiveram o melhor aproveitamento associado à maior ocupação do lote foram os de gabarito 7, na TO=30%, 5 na TO=40%, e 4 na TO=50%. Os cenários dos gabaritos 2 ao 13 na TO=30%, 2 ao 9 na TO=40%, 2 ao 7 na TO=50%, 2 ao 5 na TO=60% e 2 e 3 na TO=70% e 80%, obtiveram pelo menos 50% dos pavimentos satisfatórios, sendo considerado o valor de sDA≥45%. Foi identificado o valor de OSR≥0,2 a ser utilizado na concepção de projetos, como resultado de combinações urbanas favoráveis à disponibilidade de luz natural no interior dos ambientes.