Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil: matrizes de formação estruturadas em inovação, tecnologia e integração

Autores

  • Bruno Leão de Brito Universidade Federal da Bahia http://lattes.cnpq.br/2816073796178014
  • Luara Batalha Centro Universitário Senai Cimatec
  • Carlos Alberto Andrade Bomfim Universidade Federal da Bahia & Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia

Palavras-chave:

Ensino, Colaboração, Curso de graduação

Resumo

O setor da construção civil vem passando por uma série de mudanças que demandam profissionais com conhecimento tecnológico, habilidades interpessoais e competência no desenvolvimento de produtos, processos e sistemas. Nesse contexto, o grande desafio é propor experiências inovadoras na formação dos profissionais de arquitetura e urbanismo e engenharia, consolidando um perfil aderente ao futuro do setor. Atento a necessidade de contemplar o esperado pela sociedade e mercado para o perfil profissional do futuro, o Centro Universitário SENAI CIMATEC, por meio de encontros regulares e discussões com profissionais das diversas áreas de competência e afins, desenvolveu as novas matrizes curriculares dos cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil, apresentadas neste trabalho. Tais matrizes foram pensadas para garantir experiências de novas tecnologias, com foco no cenário da indústria 4.0, a partir da metodologia CDIO (Conceive, Design, Implement, Operate), que foi desenvolvida pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), em 2000, e que consiste na proposta do ensino com foco em projetos e atividades que aproximem os alunos da profissão desde o início do curso, permitindo que o discente se torne protagonista do processo de aprendizagem. As matrizes dos dois cursos apresentam, respectivamente, 4320 e 4550 horas de disciplinas e atividades divididas entre componentes curriculares obrigatórios, componentes optativos (trilhas de formação profissional), estágio curricular obrigatório, atividades complementares e de extensão distribuídas na lógica conceitual do ciclo de vida das construções. Dentre os componentes curriculares obrigatórios, quase 25% da carga horária é compartilhada entre os dois cursos, fazendo parte deste grupo as disciplinas relacionadas à expressão gráfica e tecnologia, projeto, planejamento e sistemas construtivos. Outro ponto importante é que, aproximadamente, 85% dos componentes curriculares permitem a abordagem de temas relacionados diretamente a indústria 4.0. Em se tratando do BIM (Buildining Information Modeling), o ensino do novo paradigma será trabalhado a partir da apresentação e da discussão de conteúdos e da sua aplicação através de componentes curriculares que interagem com projetos reais abordando políticas, processos e tecnologias. Entre as disciplinas específicas podem ser citadas Representação Virtual da Construção, Modelagem da Informação da Construção e Modelagem Paramétrica e Simulações Digitais (esta última ofertada de forma obrigatória somente para o curso de Arquitetura e Urbanismo). Com isso, espera-se formar profissionais que sejam competentes em conceber, projetar, implementar, operar e manter com eficiência e eficácia sistemas complexos, atuando em contextos local e global, de forma inovadora e sustentável, empreendendo, liderando, gerindo e integrando equipes multidisciplinares com ética, respeito à diversidade, criatividade, versatilidade, rigor técnico-científico.

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Publicado

2019-11-21

Como Citar

BRITO, Bruno Leão de; BATALHA, Luara; BOMFIM, Carlos Alberto Andrade. Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil: matrizes de formação estruturadas em inovação, tecnologia e integração. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE O ENSINO DE BIM, 2., 2019. Anais [...]. Porto Alegre: ANTAC, 2019. p. 1–1. Disponível em: https://eventos.antac.org.br/index.php/enebim/article/view/257. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Planejamento de execução BIM educacional (disciplina ou curso)

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