Atividades facilitadoras e níveis hierárquicos em canteiros de obras sergipanos: Análise da perspectiva discente
DOI:
https://doi.org/10.46421/entac.v20i1.6189Palavras-chave:
atividades facilitadoras, boas práticas, gestão de obras, canteiro de obras, nível hierárquicoResumo
Os processos da cadeia da produção da construção têm sofrido com perdas ao longo dos anos, em especial, a perda por making-do. As atividades facilitadoras surgem como boas práticas, que reduzem ou impedem interrupções no processo construtivo. Assim, a identificação dessas atividades e de seus níveis de hierarquia no canteiro de obras possibilita que sejam tomadas decisões gerenciais mais eficientes. Diante disso, o objetivo deste artigo foi verificar quais categorias de atividades facilitadoras podem ser associadas a situações comuns de obra, bem como a quais níveis hierárquicos essas atividades estão atreladas. Para isso, utilizou-se um banco de registros fotográficos de obras já visitadas no estado de Sergipe, e então foi proposto a discentes de pós-graduação que identificassem as categorias e níveis hierárquicos relacionados às imagens. A partir dessa análise, constatou-se que a categoria de atividade facilitadora mais recorrente foi a preparação do trabalho, por sua vez, o nível hierárquico mais acionado nas situações descritas foi o nível tático. Essa avaliação contribui com a melhoria do entendimento de pontos frágeis em canteiros de obras por parte dos gestores. Quando aplicada em salas de aula, pode contribuir com a consolidação de conceitos da gestão de obras e associação deles com as práticas de campo.
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