Conforto Térmico em escolas públicas
UM estudo de caso na escola José Quintella Cavalcanti
DOI:
https://doi.org/10.46421/entac.v20i1.6263Palavras-chave:
ASHRAE Standard 55, Conforto térmico, CBE Thermal Comfort Tool, Escolas públicas, simulaçãoResumo
Estudos recentes apontam uma ligação intrínseca entre o conforto térmico oferecido pelo ambiente e os níveis de concentração, desempenho e aprendizagem alcançados por seus usuários. Nas instituições públicas de ensino, edificações onde as restrições orçamentárias comumente tornam proibitivo o uso da climatização artificial, a obtenção do conforto térmico depende primordialmente de estratégias passivas de climatização, a exemplo da ventilação natural. O objetivo deste trabalho é avaliar o impacto da velocidade do ar no conforto térmico de uma sala de aula da escola Quintella Cavalcanti, localizada em Arapiraca-AL, município do agreste alagoano, com base em dados de medições in loco de temperatura, utilizando-se a ferramenta CBE Thermal Comfort Tool para estimativas de conforto adaptativo conforme a ASHRAE Standard 55. Foram realizadas 20 medições in loco na estação quente, calculando-se os índices PMV/PPD. Sob velocidade do ar nula, verificou-se sensação de desconforto. Já as estimativas do efeito do movimento do ar indicaram que, mesmo com velocidades < 0,5 m/s, obter-se-ia conforto térmico entre as 8h e 16h (PMV < 0,5), com um efeito de resfriamento fisiológico de até 2,3°C. Ressalta-se a importância do uso dos princípios de adequação bioclimática em edificações para proporcionar conforto térmico aos ocupantes.
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