O IDOSO, A CIDADE E A APO:

UMA RELAÇÃO ENTRE PERCEPÇÃO E APROPRIAÇÃO

Resumen

Esta pesquisa finalizada de mestrado suscita reflexões quanto à percepção do ambiente construído pelos idosos e à maneira como dele se apropriam. A motivação surgiu da necessidade de adequação das cidades frente ao envelhecimento populacional. Logo, o problema central refere-se à criação de cidades planejadas a partir da percepção e do comportamento dos idosos. O estudo fundamentou-se na área da Arquitetura e Urbanismo, com interfaces na Percepção e Gerontologia Ambiental. Através de instrumentos de APO, explicitou-se uma relação ambiente-comportamento que visou agregar conhecimento às demais iniciativas que compõe a rede mundial de desenvolvimento de cidades amigas do idoso. A pesquisa foi conduzida a partir do estudo de caso aplicado em Pelotas, nos bairros Centro, Fragata e São Gonçalo. Os resultados indicaram que no Centro, onde há a melhor qualidade do espaço urbano, há a maior apropriação representada pela quantidade de idosos nas áreas de estudo; e no São Gonçalo, onde a qualidade do espaço foi identificada como a pior, há a menor apropriação. Concluiu-se que os resultados apresentados apontam para a influência que a qualidade do espaço construído exerce sobre o modo como os idosos o percebem e a defluência desta percepção na maneira como deste local se apropriam.