Construção de um plano de implementação BIM curricular em curso de arquitetura e urbanismo
DOI:
https://doi.org/10.46421/enebim.v5i00.3530Palavras-chave:
BIM, Currículo, Implementação, Plano, Arquitetura, IntegraçãoResumo
Com a alta demanda do uso de BIM em escritórios de arquitetura e com base no decreto federal 10.306 de 02 de abril de 2020 que rege a obrigatoriedade do uso de BIM em contratos de projetos para a administração pública federal, ficou claro que as universidades não devem medir esforços para incorporar BIM em seu currículo de forma integrada. Este resumo traz os estudos de diagnósticos realizados na Universidade Federal de Pelotas em seu curso de Arquitetura e Urbanismo por meio de uma Célula BIM composta por professores e alunos, com objetivo de realizar essa implementação curricular de maneira mais pertinente.
O processo metodológico adotado para a implementação se dividiu em três etapas: a primeira foi a realização de um diagnóstico de maturidade em relação ao BIM no curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPel; Em seguida, foi feita a identificação da permeabilidade BIM na matriz curricular do curso; Por fim, deu-se início ao desenvolvimento do Plano de Implementação BIM curricular (PIBc).
O diagnóstico buscou definir o nível de maturidade BIM do curso através de critérios que abrangeram tecnologias, políticas e desempenhos de ensino do assunto na Universidade. Em seguida, através da identificação das interfaces BIM na matriz curricular, foi possível fazer um levantamento das disciplinas que
possuem potencialidade de adoção da tecnologia, seja de forma teórica e/ou prática. À medida que as interfaces foram identificadas no curso, os professores ministrantes das disciplinas foram contatados pelos coordenadores da Célula BIM FAUrb UFPel para que aderissem ao projeto. No final, foram apresentadas iniciativas por cada professor responsável por disciplinas com interface BIM e que desejaram integrar-se ao projeto. A partir daí, foram realizadas reuniões e estudos para definir prazos e metas de implementação para cada disciplina. Levou-se em conta fatores como a motivação, aceitação e preparação para o tema do BIM.
Como primeiro resultado, o diagnóstico de maturidade BIM revelou que o curso se encontra em um nível médio/alto. Em seguida, a identificação das interfaces BIM no currículo revelou o número de disciplinas “sem interface” (31), “com possível interface” (19) e “clara interface” (39). A partir da integração de novos professores à Célula, foram estabelecidas metas de curto, médio e longo prazo a serem implementadas no currículo.
Pontos positivos foram observados com relação à integração vertical e horizontal com interface BIM, principalmente entre as disciplinas de projeto arquitetônico e as de projetos complementares.
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Referências
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