ENSAIOS DA APLICAÇÃO BIM NA MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO SUPERIOR

Autores

  • Poliana Figueira Cardoso IAU-USP e UNIFEOB
  • Rodrigo Scheeren IAU-USP e UNIFEOB
  • Marina Aparecida de Melo Andrade UNIFEOB

Palavras-chave:

Colaboração, Disciplinas de graduação, Processo de Projeto

Resumo

Diante das novas possibilidades de inserção dos avanços tecnológicos no processo de ensino e aprendizagem contemporânea de educação em nível superior, reflexo de uma sociedade dinâmica e virtualmente conectada, mostra-se necessário replanejar a abordagem didático-pedagógica. Por meio de uma análise informal em desenvolvimento, mostra-se a fase de implantação das disciplinas que utilizam recursos digitais no ensino-aprendizagem de processos de projetos arquitetônicos do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIFEOB ao longo dos últimos três anos, fazendo parte de um estudo mais amplo que é a implementação de conceitos BIM em matriz curricular de cursos de ensino superior. De acordo como o modelo conceitual do campo BIM e os seus estágios de capacidade, este trabalho se insere nas áreas de processo e políticas com integração e colaboração, 2PR e 2PQ, respectivamente. Dentro destas perspectivas e possibilidades de reorganização do curso em andamento, foram inseridas disciplinas relacionadas aos conceitos BIM com abordagem sociocultural a partir da pedagogia baseada na problematização. Dentre as percepções sobre as experiências didáticas, observa-se no âmbito geral: 1) o crescimento exponencial do número de cursos presenciais e virtuais sobre software BIM, mas direcionados a um ensino técnico que mostra o seu potencial  de uso como ferramenta de produção, então, o diferencial de uma disciplina de software num curso de arquitetura seria o de qualificar o seu uso por meio de estratégias de integração com atividades e disciplinas de projeto, ou seja, o que importa é a qualidade do projeto e o potencial de simulação oferecido pelos softwares BIM, independente da excepcionalidade de domínio acerca dos seus limites cenário a ser ampliado nos cursos; 2) uma discussão cada vez mais urgente e atual no meio acadêmico, que vem permeando as dimensões de ensino e também as indústrias de software, é a necessidade cada vez maior de integração de software e ferramentas de design generativo e BIM, ampliando as possibilidades de criação e controle de formas, espacialidades e simulações dinâmicas, adentrando o tema da interoperabilidade. A partir das percepções, resulta a implementação de alguns objetivos: 1) o desafio em curso de fazer com que todas as disciplinas sejam integradas por semestre, como proposta do plano pedagógico do curso, que é recente com apenas cinco anos de existência, o que muitas vezes acaba sendo superficial ao longo do semestre por conta dos alunos não alcançarem um nível adequado de aprofundamento nos conteúdos das disciplinas, seja por falta de melhor aproveitamento e interesse de sua parte ou por falta de compreensão dos assuntos abordados; 2) as mudanças da abordagem didático-pedagógica, e na introdução dos conceitos BIM nas disciplinas que utilizam softwares para projetar, refletiu na forma como os alunos se relacionam e pensam sobre processos de projeto, onde antes eram apenas softwares CAD ensinados de forma isolada, agora se ampliam para o ensino do design paramétrico. Dessa forma, o estudo permeia sobre mudanças que aconteceram na matriz curricular do curso de arquitetura e urbanismo, que é recente, a coleta de informações ocorre por meio de questionários, seminários, níveis de aceitação acadêmica, identificação das atividades que foram efetivas na fase de implementação das disciplinas oferecidas no curso com esta nova abordagem, estratégias de ensino para viabilizar a inserção do conceito BIM por meio de ferramentas laboratoriais e atividades práticas colaborativas.

 

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Publicado

2018-09-17

Como Citar

CARDOSO, Poliana Figueira; SCHEEREN, Rodrigo; ANDRADE, Marina Aparecida de Melo. ENSAIOS DA APLICAÇÃO BIM NA MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO SUPERIOR. In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE O ENSINO DE BIM, 1., 2018. Anais [...]. Porto Alegre: ANTAC, 2018. p. 1–1. Disponível em: https://eventos.antac.org.br/index.php/enebim/article/view/102. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Experiência didática realizada

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