A difusão do paradigma BIM nos cursos de graduação em arquitetura e urbanismo no estado do Ceará
Palavras-chave:
BIM, Graduação, EnsinoResumo
Propondo formas de trabalho que visam uma maior integração das informações compartilhadas e entre os agentes envolvidos nos processos de projeto, gerando um potencial ganho de produtividade, a Modelagem da Informação da Construção – BIM – é uma ferramenta que tem potencial de mudar toda a indústria do setor de AEC. Várias já são as iniciativas públicas ao redor do mundo que trabalham em prol de uma institucionalizam do uso de BIM para elaboração de projetos tanto na iniciativa pública quanto na privada, assim como para aprovação automática de projetos nas instâncias legais. O crescente uso do BIM, por parte da indústria e órgãos públicos, cria uma demanda por profissionais qualificados para trabalhar sob esse novo parâmetro mas, de forma geral, mesmo o assunto não sendo novidade em uma escala global, ainda percebe-se uma falta de preparo dos currículos acadêmicos dos cursos de graduação brasileiros em qualificar os futuros profissionais AEC para trabalhar nessas circunstâncias. O adequado esforço no sentido de integrar os conceitos BIM nos currículos acadêmicos, embora prenunciem necessárias mudanças estruturais curriculares e de postura das escolas brasileiras, se faz hoje necessário para a formação de profissionais mais bem preparados para lidar com esse novo paradigma da prática profissional. O presente trabalho busca, então, apresentar os resultados de pesquisa realizada em 2018, entre os meses de junho e agosto, que objetivou acompanhar a difusão do tema Modelagem da Informação na Construção no cenário acadêmico cearense, mais especificamente no que diz respeito aos cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo do estado. Ao todo, são 17 as instituições de ensino superior no estado, registradas no Ministério da Educação, ofertando Cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo. Solicitou-se a participação dos representantes através do preenchimento de um formulário direcionado a identificar a existência de experiências acadêmicas que tangenciassem o tema BIM e/ou venham sendo implantadas por essas instituições, assim como mapear a receptividade ou os possíveis obstáculos existentes à ideia de adoção do paradigma. Buscou-se entender a relação da universidade com o ensino de BIM e as formas através das quais o assunto vem sendo abordado. Nos casos onde já existe interseção da matriz curricular com o assunto em questão, se procurou entender os obstáculos e oportunidades vislumbrados pelo corpo docente quando da introdução BIM, bem como elencar as mudanças de postura necessárias e que marcaram esse processo. Numa segunda etapa da pesquisa, buscou-se aprofundar a discussão do assunto entre a comunidade acadêmica de uma das principais instituições de ensino do estado, almejando traçar um perfil do corpo docente da instituição e investigar as percepções gerais quanto à introdução da Modelagem da Informação na Construção como assunto curricular. Como consequência das etapas anteriores, e levantando em consideração as respostas dadas aos formulários aplicados, também se buscou contato com os docentes que já haviam lecionado alguma disciplina que, de forma direta ou indireta, tenham trabalhado com o assunto, procurando assim elencar as experiências de inclusão BIM e traçar o perfil didático desses experimentos acadêmicos, enquadrando-os no esquema conceitual de adoção BIM, segundo o BIM Framework, indicando suas abordagens e estratégias de apropriação do assunto. O trabalho procurou contribuir, assim, para a sistematização dessa problemática no cenário regional e consequentemente nacional, divulgando os esforços que vêm sendo empregados no estado do Ceará, em prol da adoção BIM nos cursos de graduação de Arquitetura e Urbanismo.
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