Intensidade de uso diurno dos espaços abertos públicos adjacentes a condomínios fechados e a edificações tradicionais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46421/singeurb.v3i00.1138

Palavras-chave:

Uso dos espaços abertos públicos, Conexões funcionais e visuais, Barreiras físicas, Condomínios fechados

Resumo

Os condomínios fechados estão transformando a paisagem urbana contemporânea, com a substituição das fachadas das edificações tradicionais, com portas e janelas voltadas para a rua, por suas barreiras físicas contínuas. O objetivo deste trabalho é identificar a intensidade de uso diurno nos espaços abertos públicos adjacentes a condomínios fechados e a edificações tradicionais, e as relações com as conexões funcionais e visuais, a quantidade de sacadas e as barreiras físicas das edificações. É parte de uma pesquisa de doutorado que investiga o impacto dos condomínios fechados no espaço urbano. Quinze quadras, localizadas na cidade de Porto Alegre/RS, foram selecionadas e classificadas em cinco tipos, de acordo com a combinação das seguintes interfaces: muros de condomínios fechados; predomínio de edificações tradicionais; e praças. Os meios de coleta de dados incluem: levantamento físico e observações de comportamento, dados quantitativos espacializados em ambiente SIG e analisados através de testes estatísticos. Os resultados evidenciam os efeitos negativos das barreiras físicas contínuas dos condomínios fechados sobre a intensidade de uso diurno dos espaços abertos públicos e reforçam a importância da permeabilidade física das edificações para a vitalidade urbana de áreas residenciais.

Biografia do Autor

Débora Becker, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutouranda (início 2019) e Mestre em Planejamento Urbano e Regional (2005) em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é docente e coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos.

Antônio T. Reis, Federal University of Rio Grande do Sul

Doutorado pela Post-Graduate Research School - Oxford Brookes University (1992) e pós-doutorado pela University of Sydney (2003). Atualmente é professor titular da Faculdade de Arquitetura e do PROPUR  -Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional (Porto Alegre-RS, Brasil).

Referências

ANTOCHEVIZ, F. B.; FIGUEIREDO, C. Á. de; REIS, A. T. Transformações de interfaces térreas, uso e percepção de segurança em cidade litorânea. Urbe. Revista Brasileira de Gestão urbana, [s. l.], v. 11, n. e20170225, p. 1–23, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/2175-3369.011.001.AO14

BECKER, D. Condomínios Horizontais Fechados: Avaliação de Desempenho Interno e Impacto Físico Espacial no Espaço Urbano. Porto Alegre: Dissertação (Mestrado em Planejamento Urbano e Regional) - Programa de Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional (PROPUR), Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2005.

BENTLEY, I.; et al. Responsive environments. London: The Architectural Press Ltda., 1985.

BORSDORF, A. Cómo modelar el desarrolo y la dinámica de la cuidad latinoamericana. Eure, [s. l.], v. 29, n. 86, 2003. Disponível em: https://doi.org/10.4067/s0250-71612003008600002

GEHL, J. Cities for people. Whashington: Island Press, 2010.

GEHL, J. Life Between Buildings: Using Public Space. New York: Van Nostrand Reinhold Company, 1987. ISSN 0277-2426.v. 8 Disponível em: https://doi.org/10.3368/lj.8.1.54

GEHL, J.; KAEFER, L. J.; REIGSTAD, S. Close encounters with buildings. Urban Design International, [s. l.], v. 11, n. 1, p. 29–47, 2006. Disponível em: https://doi.org/10.1057/palgrave.udi.9000162

GRANT, J.; MITTELSTEADT, L. Types of gated communities. Environment and Planning B: Planning and Design, [s. l.], v. 31, n. 6, p. 913–930, 2004. Disponível em: https://doi.org/10.1068/b3165

HILLIER, B.; HANSON, J. The social logic of space. London: Cambridge University Press, 1984. Disponível em: https://doi.org/10.1017/cbo9780511597237

HERTZBERG, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

KOCH, M. R. Condomínios Fechados: as novas configurações do urbano e a dinâmica imobiliária. Indicadores Econômicos FEE, [s. l.], v. 35, n. 3, p. 99–115, 2008.

M. ESTEVES, A. V.; NOGUEIRA, M. A proliferação e a consolidação de condomínios fechados: um estudo de caso em uma cidade média - Divinópolis ( MG ). Geografias, [s. l.], v. 9, p. 23–39, 2013.

MAMMARELLA, R.; BARCELOS, T. M. Padrões sociais de territorialidade e condomínios fechados na Metrópole Gaúcha. Textos para Discussão FEE, [s. l.], n. 46, p. 189–194, 2008.

REIS, A. T.; BECKER, D. Morfologia urbana e o impacto dos condomínios fechados. Revista Projectare, [s. l.], p. 108–119, 2011.

UEDA, V. Os novos empreendimentos imobiliários e as transformações recentes no espaço urbano de Porto Alegre. In: , 2005, São Paulo. X Encontro de Geógrafos da América Latina. São Paulo: [s. n.], 2005. p. 15948–15965. Disponível em: https://doi.org/10.1344/sn2005.9.929

WEBSTER, C.; GLASZE, G.; FRANTZ, K. Guest editorial. Environment and Planning B: Planning and Design, [s. l.], v. 29, n. 3, p. 315–320, 2002. Disponível em: https://doi.org/10.1068/b12926.

Downloads

Publicado

20/12/2021

Como Citar

BECKER, D.; REIS, A. T. Intensidade de uso diurno dos espaços abertos públicos adjacentes a condomínios fechados e a edificações tradicionais. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE GESTÃO E ENGENHARIA URBANA, 3., 2021. Anais [...]. Porto Alegre: ANTAC, 2021. p. 342–350. DOI: 10.46421/singeurb.v3i00.1138. Disponível em: https://eventos.antac.org.br/index.php/singeurb/article/view/1138. Acesso em: 5 maio. 2024.