CIDADE E SAÚDE
DISPONIBILIDADE E QUALIDADE DE ESPAÇOS PÚBLICOS DE LAZER NO ENTORNO DE EQUIPAMENTOS DE SAÚDE MENTAL
DOI:
https://doi.org/10.46421/singeurb.v4i00.3625Palavras-chave:
Espaços Públicos de Lazer, Espaço Livre de Uso Público, Saúde MentalResumo
Este artigo procura investigar a possibilidade de uso de espaços públicos de lazer (EL) para desenvolvimento de atividades terapêuticas relacionadas à saúde mental (SM). Transtornos mentais são mais frequentes no ambiente urbano. Após a reforma psiquiátrica, muitos cuidados às pessoas em sofrimento psíquico passaram a acontecer em serviços públicos de atendimento. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do país utilizam espaços abertos para atividades terapêuticas, mas, nem sempre em espaços públicos. Tais iniciativas poderiam ser ampliadas se os serviços de saúde mental dispusessem espaços de lazer acessíveis, confortáveis e qualificados. O objetivo desse trabalho é verificar se os CAPS de um município do interior paulista dispõem de espaços públicos de lazer e se estes são adequados do ponto de vista de acessibilidade, segurança e conforto para o desenvolvimento de atividades terapêuticas. Para tanto, foi desenvolvido um quadro de indicadores e parâmetros referente à qualidade do espaço público. Foram analisados 21 EL no entorno de sete CAPS, com dados obtidos por meio de pesquisa documental e de levantamentos in loco. Oito dos 21 EL foram considerados adequados ao desenvolvimento de atividades terapêuticas. As principais inadequações dos EL relacionam-se à falta de acessibilidade por transporte público e à ausência de mobiliário urbano adequado. A qualificação do sistema de espaços livres pode contribuir para a promoção da saúde mental nas cidades.
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