Abrindo caminhos para o BIM nos cursos de Arquitetura e Urbanismo
Palavras-chave:
Planejamento, Projeto, Disciplina de graduação, BIMResumo
As abordagens para a inserção do BIM nos cursos de Arquitetura e Urbanismo no Brasil se deparam com forças diversas. Por um lado, arquitetos que visualizam um movimento irreversível de apropriação do BIM pelo mercado da construção. Por outro, profissionais acuados pela insegurança do novo e pela falta de conhecimento sobre esse movimento, precavidos com mudanças bruscas. O mercado de engenharia, concentrado naquilo que diz respeito à construção propriamente dita, vê no processo BIM a oportunidade de reduzir perdas e ganhar qualidade na obra construída. Apesar de também considerar as preocupações de eficiência econômica, o mercado de arquitetura precisa reelaborar a metodologia projetual tradicional já consagrada e consolidada, se pretender se adaptar ao novo movimento do mercado da construção. Com muitos arquitetos formados sob o modelo antigo, uma resistência natural ocorre, pela ruptura de paradigma que o BIM impõe. Tudo o que se aprendeu com o processo tradicional de projeto de arquitetura não deve ser descartado. Os saberes não podem ser ignorados, desde os que dizem respeito aqueles sobre um bom projeto de arquitetura, bem como os relativos às boas práticas pedagógicas que mostraram seu valor ao longo da história. Fica o desafio sobre como atualizar o papel e a formação dos arquitetos neste novo cenário, reformulando as estratégias pedagógicas. No âmbito da academia, via de regra os projetos pedagógicos têm acompanhado a metodologia da formação tradicional, com propósitos didáticos consistentes para uma realidade que não considera o processo BIM. Neste cenário, escolas de Arquitetura têm incluído uma suposta formação em BIM, muitas vezes em disciplinas ligadas às ferramentas digitais, e poucas incorporam o paradigma BIM na metodologia de desenvolvimento de projeto. Em casos isolados surgem novos projetos pedagógicos pautados neste novo momento. Neste contexto, o trabalho aqui apresentado relata uma experiência aplicada no curso de Arquitetura e Urbanismo da Estácio Curitiba, que consistiu num primeiro movimento para a apropriação dos processos de desenvolvimento de projeto arquitetônico com BIM. Inicialmente são apresentados o contexto institucional, o do projeto pedagógico do curso, o discente, o docente e o de infraestrutura. Relatam-se as estratégias para a inclusão do assunto BIM no curso, bem como as ações destas decorrentes. Apresenta-se a primeira experiência, bem como avalia-se e discute-se a eficácia de tais ações, refletindo sobre direcionamentos realizados para a experiência seguinte. Por fim propõe-se uma reflexão sobre um caminho de investigação acerca de como transpor as barreiras atuais de inserção do BIM nos cursos de Arquitetura e Urbanismo no Brasil.
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