O BIM como ferramenta de integração nas disciplinas do curso de engenharia civil da UFAL
DOI:
https://doi.org/10.46421/enebim.v4i00.1948Palabras clave:
Ferramenta, GEBIM, Matriz curricularResumen
A Building Information Modeling (BIM), Modelagem da Informação da Construção, tem como linha de surgimento duas vertentes bastante exploradas. A primeira presume que o BIM surgiu na década de 1960 com o professor Charles M. Eastman, o qual propôs como sendo o Building Product Model (BPM), Modelo de Produto de Construção. Já a segunda vertente afirma que o BIM surgiu em meados dos anos 1980 com o arquiteto Jerry Laiserin, quando percebeu-se que o mercado precisava de algum meio computacional, o qual remetesse à realidade dos edifícios que eram previamente projetados. Segundo Penttilä (2006): “Building Information Modeling (BIM) é uma metodologia para gerenciar a base do projeto de construção e os dados do projeto em formato digital ao longo do ciclo de vida da construção”. Desde o surgimento dessas linhas de pensamentos e criação o BIM tem se tornado um grande aliado no setor da Arquitetura, Construção e Engenharia (AEC), visto que, com essa ferramenta pode-se agregar menos morosidade às etapas dos projetos, proporcionando assim maior integração e colaboração nos processos, de maneira a articular maior viabilidade de execução.
Diante dos pontos já postos, há que se ressaltar a questão dos softwares os quais podem ser utilizados no processo de ensino - aprendizagem da integração do BIM no curso de Engenharia Civil da UFAL. Tais softwares se fazem de suma importância em meio às etapas de implementação de novas tecnologias e diretrizes no curso, uma vez que o BIM requer recursos capazes de demonstrarem o mais idêntico possível os projetos quando comparados à realidade, pois isso faz com que a eficiência desse método seja um instrumento de criação mais rápido, eficiente e cooperativo entre as partes envolvidas, desde a técnica escritorial até a aplicação da mão de obra.
Mesmo com os potenciais benefícios que acompanham a metodologia BIM, ainda existe muita restrição em relação a disseminação do método, tanto no meio profissional quanto no meio universitário. O GEBIM UFAL, Grupo de Extensão em BIM da Universidade Federal de Alagoas, iniciou a disseminação do conceito na matriz curricular do curso a partir da implantação da disciplina eletiva de Introdução ao BIM, para que posteriormente a metodologia seja integrada às diversas disciplinas apresentadas na graduação. Dessa forma, foi feito um estudo para analisar as disciplinas que envolvem a área da construção civil, inseridas na matriz curricular do curso, as quais podiam ser inseridas na metodologia BIM, desde os projetos arquitetônico, hidrossanitário, elétrico, estrutural, até mesmo ao envolto administrativo dos empreendimentos, por meio do método proposto por Checcucci e Amorim (2014). Esse método possibilita a visualização da relação entre o BIM e o conteúdo das ementas das disciplinas classificando-as em categorias, relação entre o componente curricular e BIM, conteúdos de modelagem que podem ser trabalhados, etapas do ciclo de vida da edificação possíveis de serem discutidas e disciplinas de projeto que possuem interface com a disciplina. A implantação da disciplina eletiva se deu, desde a realização de questionário de interesse dos alunos em relação ao tema até a formulação do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e a introdução na grade curricular. Esse artigo, objetiva a documentação e estudo da implantação do BIM na matriz curricular do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Alagoas, com apontamentos e levantamentos necessários para se avaliar a perspectiva da metodologia, integralizando e compatibilizando as disciplinas abordadas durante a graduação.
Para apresentação de resultados, a matriz curricular do curso de engenharia civil da UFAL foi reorganizada pelos autores. As disciplinas são distribuídas em dez semestres e classificadas em sub-áreas.
O objetivo geral desta pesquisa foi formular um modelo de adequação para matrizes curriculares a partir da identificação de pontos de incorporação das disciplinas ao BIM no ensino superior do curso de engenharia civil, e isso foi alcançado por meio de pontos específicos. A revisão da literatura permitiu identificar um método prático de identificação de permeabilidade entre o BIM e a matriz curricular do curso de engenharia civil da UFAL, promovendo um enlace mais robusto entre o curso e a implementação da nova disciplina.
A formulação da proposta de adequação foi alcançada através dos seguintes procedimentos: I) análise da estrutura atual e das permeabilidades BIM da matriz curricular do curso de engenharia civil da UFAL; II) identificação das competências BIM relacionadas à função do engenheiro civil no processo de projeto BIM existentes na matriz da UFAL; III) Formulação de uma proposta de adequação da matriz a partir da ampliação dos conteúdos BIM em disciplinas permeáveis à essa metodologia ; IV) Verificação das ampliações através das competências necessárias e do método proposto por Checcucci e Amorim (2014).
Conclui-se, portanto, que a identificação da integração da metodologia BIM juntamente a pontos fundamentais de conteúdos como as competências BIM, os níveis de implementação do BIM no ensino, e o planejamento de adequação de disciplinas junto ao corpo docente, permite formular uma proposta de adequação de matrizes curriculares para a integração do BIM nas disciplinas do curso.
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Citas
CHECCUCCI, Erica de Sousa; AMORIM, Arivaldo Leão de. Método para análise de componentes curriculares:identificando interfaces entre um curso de graduação e BIM. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, v. 5, n. 1, p. 6-17, jan./jun. 2014.
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Derechos de autor 2022 ENCONTRO NACIONAL SOBRE O ENSINO DE BIM
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