Ambiente construído e o deslocamento a pé: Uma análise comparativa em Londrina - PR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46421/singeurb.v3i00.1095

Palavras-chave:

Uso do solo, Conectividade, Caminhabilidade

Resumo

Cada vez mais é discutida a importância do deslocamento ativo e a relação do ambiente construído com o pedestre, já que além de estimular a atividade física, contribui para cidades sustentáveis. Este artigo tem o objetivo de avaliar três atributos do ambiente construído – a Diversidade de usos do solo, a Densidade populacional e o Design da malha urbana – e a relação deles com a quantidade de viagens a pé em uma cidade brasileira. A Diversidade de usos do solo foi avaliada pelo mapa de uso do solo a partir da categorização proposta no Índice de Uso Misto do Solo (MXI); a Densidade populacional pela relação de quantidade de moradores por unidades habitacionais; e o Design da malha urbana foi calculado por meio da medida de Integração (sintaxe espacial). Os resultados indicam que a Diversidade de usos e o Design da malha urbana tiveram uma influência positiva na quantidade de viagens a pé e a Densidade populacional apresentou uma relação inversa. O trabalho discorre sobre mobilidade e acessibilidade urbanas, e serve como subsídios para o planejamento urbano voltado à escala do pedestre.

Biografia do Autor

Murilo Doro Maidana, Universidade Estadual de Londrina

Cursando graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) (2018-2023). Atualmente bolsista de Iniciação Científica pela CNPq (2020-2021).

Larissa Casaril da Fontoura, Universidade Estadual de Londrina

Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Departamento de Arquitetura e Urbanismo (2014-2018). Está cursando mestrado acadêmico pelo Programa Associado UEM/UEL de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPU) como bolsista Fundação Araucária/Capes (2019 - atual). 

Milena Kanashiro, Universidade Estadual de Londrina

Pós-doutorado PosARQ/UFSC; Doutorado pela UFPR em Meiro Ambiente e Desenvolvimento. Docente do Programa de Pós-Graduação Associado UEM/UEL em Arquitetura e Urbanismo (Londrina-PR)

Referências

BENTLEY, Rebecca et al. A longitudinal study examining changes in street connectivity, land use, and density of dwellings and walking for transport in Brisbane, Australia. Environmental Health Perspectives, v. 126, n. 5, p. 057003-1-057003–057008, 2018.

CERVERO, Robert et al. Influences of built environments on walking and cycling: Lessons from Bogotá. International Journal of Sustainable Transportation, v. 3, n. 4, p. 203–226, 2009.

CERVERO, R; KOCKELMAN, K. Travel demand and the 3ds : Density, Design and Diversity. Transportation Research Part D: Transport and Environment, v.2, n.3, p. 199-219, 1997.

DOVEY, Kim; PAFKA, Elek. What is walkability? The urban DMA. Urban Studies, v. 57, n. 1, p. 93–108, 2020.

ERWING, R., BARTHOLOMEW, K., WINKELMAN, S., WALTERS, J., CHEN, D. Growing Cooler: The Evidence on Urban Development and Climate Change. Urban Land Institute, Washington, DC, 2008.

FORSYTH, A. et al. Design and destinations: Factors influencing walking and total physical activity. Urban Studies, v. 45, p. 1973–1996, 2008.

HAJRASOULIHA, Amir; YIN, Li. The impact of street network connectivity on pedestrian volume. Urban Studies, [s. l.], v. 52, n. 13, p. 2483–2497, 2015.

HILLIER & HANSEN J. The social logic of space. Cambridge University Press, Cambridge, 1984.

HOEK, Joost van den. The Mixed-Use Index (MXI) as Planning Tool for (New) Towns in the 21st Century. In: [STOLK, E.; BRÖMMELSTROET, M. T. (eds)]. New Towns for the 21st Century: the Planned vs. the Unplanned City. Amsterdam: SUN Architecture, pp. 198-207, 2009.

IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Portal Cidades: Perfil dos Municípios Brasileiros. Londrina: IBGE , 2010. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/londrina/panorama>. Acesso em: 17 fev. 2021.

IPPUL INSTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO URBANO DE LONRINA. Plano diretor de Londrina 2018-2028. Londrina, 2018. Disponível em: < https://ippul.londrina.pr.gov.br/index.php/plano-diretor-2018-2028/relatorios.html>. Acesso em 03 mar. 2021.

IPPUL INSTITUTO DE PESQUISA E PLANEJAMENTO URBANO DE LONRINA. Plano de Mobilidade de Londrina. Londrina, 2020. Disponível em: < http://www1.londrina.pr.gov.br/dados/images/stories/Storage/ippul/planmob/bd_domiciliar.xlsx>. Acesso em 10 set. 2020.

KIM, Saehoon; PARK, Sungjin; LEE, Jae Seung. Meso- or micro-scale? Environmental factors influencing pedestrian satisfaction. Transportation Research Part D: Transport and Environment, v. 30, p. 10–20, 2014.

KOOHSARI, Mohammad Javad et al. Natural movement: A space syntax theory linking urban form and function with walking for transport. Health and Place, v. 58, n. October 2018, p. 102072, 2019.

JABBARI, M.; FONSECA, F.; RAMOS, R. Accessibility and Connectivity Criteria for Assessing Walkability: An Application in Qazvin, Iran. Sustainability, 2021, 13, 3648.

LARRANAGA, A. M.; CYBIS, H. B.B. The relationship between built environment and walking for different trip purposes in Porto Alegre, Brazil. International Journal of Sustainable Development and Planning, v. 9, n. 4, p. 568–580, 2014.

LEE, C.; MOUDON, A. V. The 3Ds + R: Quantifying land use and urban form correlates of walking. Transportation Research Part D: Transport and Environment, v. 11, n. 3, p. 204–215, 2006.

LU, Y., XIAO, Y., Ye, Y. Urban density, diversity and design: Is more always better for walking? A study from Hong Kong. Preventive Medicine 103, p. S99–S103, 2017.

MASHHOODI, B.; BERGHAUSER PONT, M. Studying land-use distribution and mixed-use patterns in relation to density, accessibility and urban form., p. 1–19, 2011.

MAGURRAN, A. E. Ecological diversity and its measurement. Princeton, N.J: Princeton University Press, 1988.

MIRANDA, E.; BATISTA E SILVA, J.; RICARDO DA COSTA, A. Emergence and Structure of Urban Centralities in a Medium-Sized Historic City. SAGE Open, v. 10, n. 3, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1177/2158244020930002

OZBIL, A.; PEPONIS, J.; STONE, B. Understanding the link between street connectivity, land use and pedestrian flows. Urban Design International, v. 16, n. 2, p. 125-141, 2011.

PAFKA, E.; DOVEY, K.; ASCHWANDEN, G. D.P.A. Limits of space syntax for urban design: Axiality, scale and sinuosity. Environment and Planning B: Urban Analytics and City Science, v. 47, n. 3, p. 508–522, 2020.

REIS, R. S. et al. Walkability and Physical Activity: Findings from Curitba, Brazil. American Journal of Preventive Medicine, v. 45, n. 3, p. 269–275, 2013.

SUGIYAMA, T. et al. Land use proportion and walking: Application of isometric substitution analysis. HEALTH & PLACE, v. 57, p. 352–357, 2019.

YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2 ed., 205 p., 2001.

Downloads

Publicado

20/12/2021

Como Citar

MAIDANA, M. D.; FONTOURA, L. C. da .; KANASHIRO, M. Ambiente construído e o deslocamento a pé: Uma análise comparativa em Londrina - PR. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE GESTÃO E ENGENHARIA URBANA, 3., 2021. Anais [...]. Porto Alegre: ANTAC, 2021. p. 431–440. DOI: 10.46421/singeurb.v3i00.1095. Disponível em: https://eventos.antac.org.br/index.php/singeurb/article/view/1095. Acesso em: 5 maio. 2024.

Edição

Seção

Mobilidade e acessibilidade urbanas

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)