Experiência do ensino do BIM no IFRN – Campus Natal Central
Palavras-chave:
Modelagem, Simulação, Planejamento, Disciplina de graduação, BIMResumo
No Brasil, o ensino do BIM tem apresentado avanços em escalas bastante diferenciadas, sobretudo por sua grande extensão aliada as particularidades de cada região. O Rio Grande do Norte, com destaque para sua capital Natal, vem buscando a implementação do Building Information Modeling (BIM) na matriz curricular de cursos voltados a formação de profissionais da área da Arquitetura, Engenharia e Construção (AEC). O presente estudo tem como objetivo apresentar a experiência do ensino do BIM no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RN (IFRN), que a partir da compreensão da importância do ensino de conteúdos BIM tem incentivado pesquisas nessa temática, inclusive com o desenvolvimento de um artigo sobre a inserção do BIM no curso de Edificações – modalidade Subsequente (Trabalho apresentado no SBTIC 2017, intitulado Integração do BIM no currículo do curso de Edificações). Enquanto as primeiras barreiras não são vencidas para a implementação, tem-se experimentado práticas didáticas em grupos de menor escala através de projetos de pesquisa desenvolvidos no Grupo de Estudos e Pesquisa em Integração de Projetos (GIP). Com atuação desde 2015, o grupo tem trabalhado com em média cinco projetos anuais, envolvendo cerca de oito alunos por ano dos cursos Técnico em Edificações e Graduação em Tecnologia em Construção de Edifícios e de distintos períodos. Embora os projetos versem sobre diferentes usos do BIM, é adotada uma metodologia específica a ser utilizada em todos os projetos com relação ao BIM. Essa é composta por três etapas: a) Teórica, com o desenvolvimento de aulas teóricas sobre BIM; b) Modelagem Básica, com treinamento em Revit (Autodesk) e c) BIM Avançado, com treinamento em outro software, relacionado ao objetivo de cada projeto, a saber Navisworks (BIM 4D), Enscape (Realidade Virtual), entre outros. As aulas teóricas contemplam conteúdos como Conceito e usos do BIM, Softwares BIM, Interoperabilidade, Fluxo de trabalho BIM, Profissionais BIM e suas competências. Elas são expositivas, dialogadas, e ao final os alunos apresentam seminários, de modo a consolidar os conteúdos adquiridos. Com relação aos treinamentos, após as instruções iniciais, os alunos ampliam seus conhecimentos e habilidades no manuseio dos softwares de forma autônoma, com utilização de videoaulas gratuitas e fóruns específicos. Como finalização dessa etapa, os alunos desenvolvem apostilas para futuros participantes do GIP. Tanto as aulas teóricas como os treinamentos ocorrem no Laboratório de BIM, composto por nove computadores de capacidade suficiente para a utilização dos softwares. Com relação aos campos BIM, pode-se considerar que o da tecnologia está medianamente desenvolvido, o do processo se encontra pouco desenvolvido, enquanto que o campo política quase inexiste. Já em termos de níveis de maturidade, o ensino do BIM no IFRN é classificado em Nível 1 (Básico) a caminho do Nível 2 (Intermediário), ou seja, há uma compreensão de conceitos com alguma aplicação prática. Embora o ensino se desenvolva em um grupo de pesquisa, é uma forma de inserção dos conteúdos BIM dentro da instituição. Tal prática além de contribuir sensivelmente na preparação dos discentes para o mercado de trabalho AEC, tem colaborado no estímulo à implementação do BIM nas universidades locais, através dos alunos como agentes propulsores, ao optarem por dar sequência a seus estudos. A implementação do BIM no grupo de pesquisa vem servindo de mecanismo de aprendizagem, sobretudo com relação as barreiras existentes no processo do ensino do BIM. Essa iniciativa tem conquistado, ainda, de forma gradativa, o interesse por parte dos professores em geral, representando uma conquista em termos de possibilidades futuras, visto que uma das principais dificuldades na academia é a resistência por parte dos próprios docentes.
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