Análise da matriz de maturidade

diagnóstico da Células BIM do IFRN-CNAT

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46421/enebim.v4i00.1932

Palavras-chave:

Building Information Modeling, BIM, Rede Células BIM, Engenharia Civil

Resumo

A Rede Células BIM organizada pelo Grupo de Trabalho de Tecnologia da Informação na Construção, da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído (ANTAC), tem como objetivo principal promover o aumento da produtividade e competitividade do setor de Construção Civil implicando, em maior escala, no avanço do setor na economia, para tanto parte-se da educação como sendo o pilar para esse progresso. Iniciou, respectivamente, na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); sendo aderido por outras instituições de ensino superior, dentre elas o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, Campus Natal-Central (IFRN-CNAT) o qual está oficialmente instaurado desde 15 de julho de 2022. A sua primeira metodologia consistiu na análise do nível de maturidade BIM da instituição, considerando-se os três campos, políticas, processos e tecnologias. Com os dados deste exame tem-se por objetivo apresentar o resultado da maturidade BIM no IFRN, que recentemente iniciou o curso de Engenharia Civil, no ano de 2019, de modo a expor as fragilidades, possibilidades para melhorar através de um relato de experiência. Refletindo, assim, em um guia para orientar as instituições que possuem o interesse de implementar o BIM e desejam saber quais são os aspectos relevantes ou irrelevantes a serem considerados mediante um relato de experiência, expondo o como, quando e onde.

Dessa forma, convém explicitar que a partir do diagnóstico do BIM no IFRN-CNAT que analisa a matriz de maturidade da instituição em relação ao curso de Engenharia Civil, conforme as diretrizes da Rede Célula BIM, é evidente o uso do BIM de maneira expressiva em virtude de estar presente à princípio na pesquisa com o Grupo de Estudos e Pesquisa em Integração de Projetos (GIP) criado em 2016; em seguida no ensino no curso de Engenharia Civil cujo ato de autorização corresponde a Resolução nº 40/2019-CONSUP, de 12/11/2019, nele consta apenas uma disciplina BIM obrigatória, a de Modelagem da Informação na Construção e disciplinas optativas que podem formar uma base completa, logo está a critério do aluno aprender sobre o tema; por fim na extensão com a  Liga Acadêmica de Building Information Modeling (LABIM) a qual surge em 2021. Por conseguinte, o BIM possui os três pilares firmados no campus, visto que possui ações nos âmbitos da pesquisa, ensino e extensão; ao considerar o olhar macro o BIM está bem avançado, embora quando se muda a visão para o micro a aplicação do BIM não seja tão efetiva. Haja vista a visão macro da implantação do BIM pela avaliação, ela divide-se em três eixos: a política, o processo e a tecnologia. Assim, a política é o mais desenvolvido estando no estágio integrado por, como já mencionado, estar nos três pilares, na documentação – no Projeto Pedagógico do Curso Superior de Engenharia Civil e Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFRN  para 2019 até 2026, constando como solicito para ambos: o próprio curso e a instituição – ; a maior fragilidade desse eixo reside na capacitação e engajamento do corpo docente, nesse sentido a provocação dos alunos interessados e a contribuição da Rede Células BIM que na próxima etapa demonstra a vocação para o uso do BIM no curso dialogando com os docentes que não trata-se de tão somente ensinar ferramentas, mas também em diversificadas maneiras de inserir o conteúdo dentro da matéria com pequenas alterações  para agregar as características solicitadas para a aplicação. Outrossim, o processo é o mais postergado, uma vez que jamais chegou a ser aprimorado classificando-se do modo inicial para o definido, isto deve-se ao fato da primeira turma ter iniciado em 2020, resultando em poucos alunos capacitados, no entanto dispõe de requisitos para capacitar de acordo com uma lógica BIM. Por último, o eixo de tecnologia é bem estruturado à medida que todos os laboratórios têm softwares instalados e hardwares para a utilização do BIM, sendo considerado de definido para integrado.

Em relação aos resultados, as fragilidades expostas são, em sua maioria, momentâneas, pois quanto ao eixo político a capacitação dos professores possui a solução a longo prazo encaminhada pela próxima etapa da Rede Células BIM e instigação dos discentes; já no que tange ao progresso, decorre de um recorte temporal devido ao fato que à proporção do avanço dos alunos no curso, haverá mais capacitações; enfim, o eixo da tecnologia é distinto porque o campus detém de antemão a estrutura requisitada, porém foca apenas nos softwares da Autodesk, de modo a ser proveitoso investir em outras marcas, por exemplo: Graphisoft, ACCA e Bentley. Em síntese, o diagnóstico desenvolvido permite a indicação de um rumo para demais instituições as quais ainda virão implementar o BIM, indubitavelmente necessário visto que pelo Decreto Federal nº 10.306 de abril de 2020 o uso do BIM para obras e serviços de engenharia realizados pelo setor público federal está previsto para o começo de 2028. Além disso Eastman, Teicholz, Sacks e Liston em seu livro “Manual de BIM: um guia de modelagem da informação da construção para arquitetos, engenheiros, gerentes, construtores e incorporadores” apontam para o BIM como “um dos mais promissores desenvolvimentos nas indústrias de arquitetura, engenharia e construção (AEC).”.

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Biografia do Autor

Amália Matias Alves de Souza Ribeiro, Instituto Federal do Rio Grande do Norte

Cursando Edificações no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (Natal - RN, Brasil).

Josyanne Pinto Giesta, Instituto Federal do Rio Grande do Norte

Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Professora Efetiva do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (Natal - RN, Brasil).

 

 

Alfredo Costa Neto, Instituto Federal do Rio Grande do Norte

Mestrado em Engenharia Sanitária pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Professor Efetivo do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (Natal - RN, Brasil).

Referências

BRASIL. Decreto nº 10.306, de 02 de abril de 2020. Dispõe sobre a utilização do Building Information Modelling - BIM ou Modelagem da Informação da Construção na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia, realizada pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal, no âmbito da Estratégia Nacional de Disseminação do Building Information Modelling - Estratégia BIM BR. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, n. 65, Seção 1, p. 5-7, abr. 2020.

EASTMAN, CHUCK; TELCHOLZ, PAUL; SACKS, RAFAEL; LLSTON, Katheleen. Manual de BIM: um guia de modelagem da informação da construção para arquitetos, engenheiros, gerentes, construtores e incorporadores. [S. l.: s. n.], 2014.

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Publicado

2022-06-08

Como Citar

RIBEIRO, Amália Matias Alves de Souza; GIESTA, Josyanne Pinto; COSTA NETO, Alfredo. Análise da matriz de maturidade: diagnóstico da Células BIM do IFRN-CNAT . In: ENCONTRO NACIONAL SOBRE O ENSINO DE BIM, 4., 2022. Anais [...]. Porto Alegre: ANTAC, 2022. p. 1–1. DOI: 10.46421/enebim.v4i00.1932. Disponível em: https://eventos.antac.org.br/index.php/enebim/article/view/1932. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Planejamento de inserção de BIM na educação

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