Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil: matrizes de formação estruturadas em inovação, tecnologia e integração
Palavras-chave:
Ensino, Colaboração, Curso de graduaçãoResumo
O setor da construção civil vem passando por uma série de mudanças que demandam profissionais com conhecimento tecnológico, habilidades interpessoais e competência no desenvolvimento de produtos, processos e sistemas. Nesse contexto, o grande desafio é propor experiências inovadoras na formação dos profissionais de arquitetura e urbanismo e engenharia, consolidando um perfil aderente ao futuro do setor. Atento a necessidade de contemplar o esperado pela sociedade e mercado para o perfil profissional do futuro, o Centro Universitário SENAI CIMATEC, por meio de encontros regulares e discussões com profissionais das diversas áreas de competência e afins, desenvolveu as novas matrizes curriculares dos cursos de graduação em Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil, apresentadas neste trabalho. Tais matrizes foram pensadas para garantir experiências de novas tecnologias, com foco no cenário da indústria 4.0, a partir da metodologia CDIO (Conceive, Design, Implement, Operate), que foi desenvolvida pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), em 2000, e que consiste na proposta do ensino com foco em projetos e atividades que aproximem os alunos da profissão desde o início do curso, permitindo que o discente se torne protagonista do processo de aprendizagem. As matrizes dos dois cursos apresentam, respectivamente, 4320 e 4550 horas de disciplinas e atividades divididas entre componentes curriculares obrigatórios, componentes optativos (trilhas de formação profissional), estágio curricular obrigatório, atividades complementares e de extensão distribuídas na lógica conceitual do ciclo de vida das construções. Dentre os componentes curriculares obrigatórios, quase 25% da carga horária é compartilhada entre os dois cursos, fazendo parte deste grupo as disciplinas relacionadas à expressão gráfica e tecnologia, projeto, planejamento e sistemas construtivos. Outro ponto importante é que, aproximadamente, 85% dos componentes curriculares permitem a abordagem de temas relacionados diretamente a indústria 4.0. Em se tratando do BIM (Buildining Information Modeling), o ensino do novo paradigma será trabalhado a partir da apresentação e da discussão de conteúdos e da sua aplicação através de componentes curriculares que interagem com projetos reais abordando políticas, processos e tecnologias. Entre as disciplinas específicas podem ser citadas Representação Virtual da Construção, Modelagem da Informação da Construção e Modelagem Paramétrica e Simulações Digitais (esta última ofertada de forma obrigatória somente para o curso de Arquitetura e Urbanismo). Com isso, espera-se formar profissionais que sejam competentes em conceber, projetar, implementar, operar e manter com eficiência e eficácia sistemas complexos, atuando em contextos local e global, de forma inovadora e sustentável, empreendendo, liderando, gerindo e integrando equipes multidisciplinares com ética, respeito à diversidade, criatividade, versatilidade, rigor técnico-científico.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Adota-se Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0). Ver detalhamento em https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR