Meu BIM e meu lápis: Abordagem transdisciplinar em cursos técnicos em Edificações
Palabras clave:
BIM, Disciplina de curso técnico, modelagemResumen
A implantação da tecnologia BIM nas matrizes curriculares de instituições de ensino que oferecem cursos com o objetivo de formar profissionais que atuarão na construção civil passa pelo desafio de compreender que estratégias deverão ser utilizadas para seu processo de adoção. A exemplos de experiências de inserção do BIM em curso de arquitetura (RABBI; CALMON; CONDE, 2016) as limitações encontradas na matriz curricular pode ser uma das grandes barreiras a ser enfrentadas. Um dos pilares desse planejamento será o campo pedagógico que permite uma discussão de como, quando e em que disciplinas será feita a aquisição do conhecimento específico que se deseja com base no público alvo a se formar. Situado no alto sertão paraibano, a cidade de Princesa Isabel possui uma produção da construção civil que ainda vivencia um baixo entrego de tecnologias tanto na produção do projeto quanto da construção, fatores esses que atenuam as dificuldades enfrentadas pelos profissionais que vivenciam essa realidade. Numa das regiões com um dos IDH mais baixos do país, no perfil dos alunos que ingressão no curso técnico em edificações integrado ao ensino médio fornecido na cidade pelo Instituto Federal da Paraíba, percebe-se as dificuldades latentes no domínio de tecnologias digitais, já constatadas no primeiro ano durante a disciplina de informática básica. Diante desse cenário, o objetivo desse trabalho é apresentar a experiência didática de implantação do BIM com uma estratégia transdisciplinar que envolveu as 4 (quatro) disciplinas que habilitam o aluno para a produção do projeto de arquitetura que são desenho básico, desenho arquitetônico, desenho auxiliado por computador e projeto arquitetônico. Uma abordagem metodológica do ensino do desenho técnico com suporte na computação gráfica poderá trazer melhorias na compreensão visual das geometrias em estudo (PIECHNICKI; KOVALESKI; RIBEIRO, 2011) A metodologia passou por uma revisão das ementas a fim de caracterizar os diferentes recursos didáticos tecnológicos que já estavam previstos para dar suporte a aquisição do conhecimento previsto nessas disciplinas. Foi estruturado todas as hora-aula afim de identificar os momentos de cada disciplina em que poderiam ser inseridas aulas que em tecnologia em BIM em paralelo com as outras técnicas de representação gráfica já previstas. Como resultado obtidos, as aulas de instrumentação de desenhos com esquadros foram retiradas, dando lugar a tecnologia BIM que foi implantada de forma intercalada com aulas de desenho a mão-livre que não estavam previstas. A apreensão dos conhecimentos das disciplinas através de 2 recursos tecnológicos diametralmente opostos ( BIM – alta tecnologia, desenhos com lápis – baixa tecnologia) permitiu uma adoção muito apropriada para as características locais dos alunos da região através de uma adoção gradativa do BIM para que ele estivesse apto a produção do projeto de arquitetura.
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